O Mestre
Robson Machado
Esperou o sinal como uma alforria e se livrou dos papéis como o assassino da prova. Feito Ló, saiu sem olhar pra trás.
Em casa, abandonou a pasta surrada e imunda de giz atirando-a por entre a gôndola usada que lhe foi possível comprar.
Agarrou-se ao copo e teve um suspiro de felicidade.
Viu-se escravo outra vez na segunda-feira e experimentou um pouco da esperança ingênua ao ansiar pela sexta.
Voltou a rotina.
Repensou a vida.
Matou trabalho enrolando no banheiro após o sinal do intervalo e fazendo chamada enquanto os anjinhos se trucidavam aos tapas.
Pensou ser esperto ao tentar dar um golpe na mais-valia. Arrependeu-se!
Lembrou-se da nobreza de seu ofício que muito agrada aos românticos que nunca o experimentaram.
Foi trouxa mais uma vez.
Remoeu a possibilidade de uma versão de si próprio bem sucedido.
Pestanejou.
Idealizou um copo de cerveja e foi burramente alegre como outras vezes.
Este é um blogue voltado à divulgação do trabalho de artistas que utilizam a tecnologia, de uma maneira ou de outra, para criar ou mostrar sua arte. Conheça nosso canal no Youtube: http://www.youtube.com/digitalismo1 (Copie e cole)
terça-feira, 22 de setembro de 2015
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
A Tartaruga e a Lebre - Murilo Cararro (nova versão)
A Tartaruga e a Lebre
A tartaruga e a lebre eram grandes amigas, porém a tartaruga vivia zombando a lebre por ser muito apressada e não ter paciência, como a tartaruga.
Certo dia, cansada de provocações, a lebre desafiou a tartaruga a um teste de paciência: esperar na fila de um banco. Aquela que ficasse e aguentasse mais tempo no local venceria.
Convicta, a tartaruga aceitou, já reconhecendo sua vitória.
Chegado o dia, no banco, a lebre até cochilo na fila tirou, enquanto a tartaruga que se dizia paciente não aguentou e logo foi embora, perdendo o desafio e a paciência.
Moral da história: Nunca reconheça uma vitória antes da hora.
Murilo Cassiano Carraro
2015
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Entrevista com Poesia Reclamada (Saulo Pessato) - Digitalismo - Especial Arte e Cultura
Entrevista com Poesia Reclamada (Saulo Pessato) - Digitalismo - Especial Arte e Cultura
Fernando Sales, do Canal Digitalismo, entrevista autor da Poesia Reclamada, Saulo Pessato. Saulo tem poesias famosas na internet. O criador da página Poesia Reclamada concedeu uma entrevista exclusiva ao Canal Digitalismo. O poeta Saulo Pessato fala sobre arte, internet, juventude e, claro, o que é poesia. Sua página já tem mais de 130 mil "curtidas" (informação atualizada) e há até gente pichando seus versos pelo Brasil.
Agracimentos ao próprio Saulo Pessato, com sua Poesia Reclamada, ao Robson Acácio, que nos cedeu a vinheta de abertura, à Isabela Carolina, que nos cedeu a iluminação, e ao Física no Fusca, que nos divulgou. Abaixo seguem os links para contatá-los ou nos contatar:
Poesia Reclamada:
https://www.facebook.com/poesiareclam...
Vimeo do Robson Acacio:
https://vimeo.com/robsonacacio
Física no Fusca:
https://www.facebook.com/fisicanofusc...
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terça-feira, 18 de agosto de 2015
Antologia Desconhecida e Digitalismo - Syara e Gustavo Machado - I
Você sabe o que é Antologia Desconhecida? O Canal Digitalismo entrevistou Syara de Noronha e Gustavo Machado (Caipira) para descobrir o que é esse movimento artístico, que envolve poesia, pintura, fotografia e muito mais. Confira!
Agradecimento especial a Robson Acacio pela abertura.
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quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Artistas da minha vida - Vinícius de Moraes - Digitalismo
Vinícius foi poeta religioso, do amor, da sociedade, foi músico, foi brasileiro. Com vocês, esse monstro, em uma pequena biografia!
Os créditos da abertura vão para Robson Acácio, que tanto acredita em nosso trabalho:
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Fuvest, Usp, Unicamp.
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sábado, 25 de julho de 2015
Canal Digitalismo - Análise e resumo de Capitães da areia, de Jorge Amado
Análise e resumo de Capitães da areia, de Jorge Amado, por Fernando Sales
Análise e resumo de Capitães da areia, de Jorge Amado, por Fernando Sales
DESCRIÇÃO: Esta é antes de tudo uma dica de leitura, formada por uma análise e um resumo do livro Capitães da areia, de Jorge Amado, escritor modernista brasileiro. Fernando Sales comenta a trajetória dos capitães de areia, tidos como marginais, destacando Pedro Bala, Sem Pernas, Pirulito, O Gato, Dora e outros. Além disso, algumas características de Jorge Amado são destacadas.
O Modernismo, em sua segunda fase, tinha sua vertente regionalista e de denúncia, o que se encontra claramente nessa obra.
Esse livro tem sido cobrado nos vestibulares da Fuvest e da Unicamp.
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Análise e resumo de Capitães da areia, de Jorge Amado, por Fernando Sales
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O Modernismo, em sua segunda fase, tinha sua vertente regionalista e de denúncia, o que se encontra claramente nessa obra.
Esse livro tem sido cobrado nos vestibulares da Fuvest e da Unicamp.
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sexta-feira, 24 de julho de 2015
Poema de Yurih Guerra Caproni
Poema de Yurih Guerra Caproni
Ao jogar dos seus cabelos e na simplicidade do seu olhar
Via em mim um anseio de aprender o que só você poderia ensinar
Abro a janela está frio, tão quão uma brisa pode soprar
Mas aprendi que com teus toques não há frio que não venha se esquentar
De todas as formas, tão formosa e incerta
A vida por vias rápidas a mim alerta
Pode não ter amanhã, pode que ontem não existiu
Mas foram teus cabelos, teus olhos
Que por um dia este homem sorriu
Poema de Yurih Guerra Caproni
Ao jogar dos seus cabelos e na simplicidade do seu olhar
Via em mim um anseio de aprender o que só você poderia ensinar
Abro a janela está frio, tão quão uma brisa pode soprar
Mas aprendi que com teus toques não há frio que não venha se esquentar
De todas as formas, tão formosa e incerta
A vida por vias rápidas a mim alerta
Pode não ter amanhã, pode que ontem não existiu
Mas foram teus cabelos, teus olhos
Que por um dia este homem sorriu
Poema de Yurih Guerra Caproni
Assista aos vídeos do Canal Digitalismo no Youtube - "A tecnologia a serviço da arte e da cultura"! Abaixo nossa apresentação, que dura só um minuto. Se gostar, passe adiante, curta, comente, compartilhe e inscreva-se:
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Santificado seja... - Gabriel Lambert
Santificado seja...
Gabriel Lambert
Walter
secou o suor da testa, a garota era realmente pesada. Ele sentia sua pele
pálida sobre a mão, estava molhada e fria como gelo. Seus olhos que algum dia
foram verdes agora encontravam-se brancos e opacos. Seus lindos cabelos cor de
cobre estavam desbotados e mortos. Ela exalava um cheiro de tristeza e solidão.
Arrastou o corpo de Debby até a margem do lago e chamou a polícia.
Cinco
dias atrás Debby saiu para andar de bicicleta na floresta, perto de um local
conhecido como Cova do Diabo. O tempo passou e Debby não voltou para casa. Seu
padrasto Walter havia encontrado o corpo no lago, nu, com as mãos amarradas com
um pedaço de pano velho. Marcas estranhas pelo corpo da garota chamaram a
atenção, principalmente em uma cidade pequena como Chester’ s Grave. Jessica
Witherspoon estava arrasada, ter a filha encontrada morta não é fácil,
principalmente quando é assassinada de forma brutal.
Os
principais suspeitos eram dois garotos de 16 anos, Raiden Pippe e Joseph
Angelo. Segundo a polícia, Walter encontrou pedaços das vestes de Raiden usados
para amarrar as mãos da garota. A situação piorou quando foram encontrados
desenhos de estrelas, pentagramas e objetos supostamente relacionados ao
demônio na casa dos garotos, discos de rock considerados profanos pela
população local, extremamente religiosa. Protestos contra os garotos ocorriam
todos os dias e devido ao preconceito da população, eles não podiam sequer sair
na rua. Mas os meninos investigaram o caso, principalmente Walter, que sempre
demonstrou desprezo pela menina. Ele já tinha passado por vários exames
psicológicos que comprovaram tendências psicopatas sérias.
Os
garotos estavam prestes a serem executados, mas dois dias antes do julgamento,
Walter se encontrou com eles e contou detalhadamente como tinha derrubado a
menina, matado e jogado no lago, tudo porque ela se parecia com o falecido pai,
o que causava ódio profundo em Walter. Ele plantou as provas contra os garotos
e sabia que isso bastaria para condená-los por parte da população e do júri.
Dois dias depois os meninos foram julgados culpados – não deram ouvidos para os
argumentos de defesa deles. Foram executados injustamente e o verdadeiro
culpado vive tranquilamente. A sociedade preconceituosa condenou os inocentes
de forma fria e inescrupulosa porque eles simplesmente não entendiam o modo
diferente e sombrio daqueles dois garotos.
Assista aos vídeos do Canal Digitalismo no Youtube - "A tecnologia a serviço da arte e da cultura"! Abaixo nossa apresentação, que dura só um minuto:
terça-feira, 30 de junho de 2015
Apresentação do Canal Digitalismo
Apresentação do Canal Digitalismo
No dia 04 de julho, será lançado o primeiro "Artistas da minha vida", no Canal Digitalismo. Não perca!
http://www.youtube.com/channel/UCYhTnhbp2YWRiUYghcbmzlQ/videos
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sábado, 27 de junho de 2015
Conto O CASO DEBBY - Mariana Carvalho
Tem dificuldade em leitura? Conheça nosso canal DIGITALISMO no Youtube. Assista aos vídeos "Como ler poesia", "Vidas Secas" e outros!
http://www.youtube.com/watch?v=1u3xHB9VbpoO CASO DEBBY
Mariana Carvalho
Não fazia sentido. Quarenta e oito horas e nenhuma evidência do desaparecimento da garota Debby. Segundo o relato de seus pais, a filha estava em seu quarto brincando, quando um barulho muito alto veio de seu quarto, então, ela não estava mais lá.
A primeira coisa que eu e minha equipe fizemos foi procurar por digitais no quarto e nos brinquedos de Debby. Nada fora do normal. Depois levamos os pais até a delegacia. Apesar de parecerem preocupados com a filha, não deixavam de ser suspeitos. Também nada fora do normal.
Após um dia de desaparecimento, dei uma volta pela vizinhança da casa onde a menina havia desaparecido.
Entrevistei alguns vizinhos, mas todos pareciam confusos, talvez pelo choque de um sequestro em um lugar tão pacífico. Pedi aos pais de Debby para imprimir fotos da filha e espalharem pela cidade.
Pela primeira vez em minha carreira, não havia conseguido uma pista, uma digital, um suspeito para o caso. Foi então que comecei a notar que algo estava errado.
Fui até a casa de Debby e vasculhei mais um pouco. Encontrei um cartão com a foto de uma criança, nele lia-se: "Debby / 1997-2005" . Debby estava morta havia cinco anos. Então por que os pais dela só haviam notado agora? Ou então...
Alguns segundos depois, eles aparecerem na porta, com as roupas ensanguentadas e com furos de bala. Ao lado deles estava Debby, com metade do crânio estourado, sorrindo para mim.
Gostou do conto? Logo publicaremos outros! Por enquanto...
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http://www.youtube.com/watch?v=1u3xHB9Vbpoquarta-feira, 24 de junho de 2015
O inexplicável caso de Debby White - Matheus Curiel
Matheus
Curiel
O sinal tocava dizendo que era hora de ir
para casa. Os alunos arrumavam seus pertences apressados, dando boas vindas às
férias de verão.
No canto da sala,
uma menina doce e encantadora terminava de fechar o zíper de sua mochila para
ir até o ponto de ônibus. De longe, Debby avistava sua carona para casa sumir
no horizonte. Se atrasara. Resolveu, então, ir caminhando. Ao longo do trajeto,
ela se encontra com Douglas, um menino que havia mudado para a cidade há pouco e
entrado na escola no inicio do ano letivo, ele era tímido e ela, muito
simpática. Começaram a conversar e a se conhecer.
Restavam 4 quarteirões
para Debby chegar em sua residência, quando avistou uma antiga e sombria casa,
feita de madeira e com um ambiente pesado e triste - era onde Douglas morava.
Ele a convidou para entrar e beber um copo de água, e para não envergonhar o
menino, ela aceitou.
Ao entrar, Debby se depara
com uma casa totalmente abandonada e com muito lixo no chão. Douglas lhe trouxe
um copo com água e ela bebeu.
Duas semanas se passaram e o
jornal noticiava:
"Corpo de jovem é encontrado em
uma velha casa abandonada, tudo o que se sabe até o momento é que Debby White
foi uma vítima de um crime hediondo".
No enterro, havia um túmulo, do
lado de onde Debby fora enterrada, com os dizeres:
''Douglas Foster,
1975-1990''
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o inexplicável caso
sábado, 20 de junho de 2015
Conto "Fibras Vermelhas", de Danilo Peixoto e Renan David
Conto "Fibras Vermelhas", de Danilo Peixoto e Renan David
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http://pt.slideshare.net/fernandoalvessales9/fibras-vermelhas-danilo-peixoto-e-renan-david
APROVEITAMOS PARA DIVULGAR O CANAL DIGITALISMO NO YOUTUBE:
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domingo, 14 de junho de 2015
Vídeo do Canal Digitalismo "Fica a dica de Literatura: Como ler poesia 2"
Vídeo do Canal Digitalismo "Fica a dica de Literatura: Como ler poesia 2". Acompanhe:
http://www.youtube.com/watch?v=Kq2wydBLv7c
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domingo, 31 de maio de 2015
Primeiro Manifesto Digitalista - Fernando Sales e Aquinno dos Reis
PRIMEIRO MANIFESTO DIGITALISTA
Vemos que a arte padece nos
nossos dias. Não só ela, mas instituições milenares, a exemplo da família e de
algumas religiões. Por outro lado, percebemos que novas manifestações crescem
com toda a força, como o fenômeno da internet. Há qualquer coisa desajustada
entre as percepções de tecnologia e de arte, neste
momento; algo como se elas fossem distantes, talvez até mesmo desconhecidas.
O Digitalismo surge como um grito
de protesto e um apelo ao despertar em meio à letargia geral da arte. Isso
porque ela agoniza e não pede socorro. Nem mesmo se socorre.
O que poucos perceberam ou ao
menos levaram a sério até então é a tendência completamente natural de fusão
entre as manifestações artísticas e a internet. E elas, neste momento da
história, dão-se as mãos. Nesse sentido, o movimento digitalista vem também
para sistematizar esses acontecimentos. Para ele, não só a folha de papel, as
paredes de uma construção, o cd, o dvd ou a pedra bruta são considerados os
“locais” de produção. Para nós e para nossos contemporâneos, a tela, do
computador ou da tevê, é o grande local do fazer artístico. Nesse sentido, o
designer, o músico independente, o fotógrafo, o poeta digital e o desenhista
digital, para citar alguns exemplos, adquirem importância única.
Passamos do papiro ao papel e,
agora, do papel para a tela. Porém o que ocorre não é só uma mudança de
plataforma; isso porque a plataforma agora transforma a maneira de se realizar
a arte. Valorizamos essa tendência em todas as suas possibilidades. O advento
da internet não só trouxe uma nova maneira de difusão da cultura, marcada pela
velocidade, como também resultou em diferentes formas de viver, sentir, pensar,
divulgar a arte, fazer política e denunciar as mazelas sociais. A sociedade
inventou a internet e a internet está reinventando não só a sociedade em geral,
como também a expressão artística.
As antigas editoras podem não
morrer, mas já agonizam. O e-livro, o audiolivro, as pinturas em programas de
computador, os músicos que se lançam por canais de vídeos na internet, as
animações em computador, tudo isso constitui uma nova realidade: inevitável,
irrefreável. Negar tal fato seria nadar contra uma correnteza
que já afogou a velha arte.
Em termos técnicos, é possível e
mesmo uma tendência agora a união entre diversas formas de arte em uma só obra.
“A névoa”, por exemplo, de autoria de Fernando Sales (Professor Fernando
Letras) une poesia, imagem e som; em outros casos, há a união entre poesia,
pintura e música. Nada impede, inclusive, uniões com o teatro e com a escultura
digital.
Desse modo, o Digitalismo emerge
como um universo no qual as oportunidades se multiplicam. E se, antes, o
artista sofria para publicar sua obra, em virtude da sua condição financeira ou
da conjuntura editorial ou política, hoje basta acessar a rede para divulgar
sua criatividade. Por conseguinte, o artista digital encontra mais chances para
o reconhecimento de sua obra, diferentemente do que ocorreu, por exemplo, com
José Joaquim de Campos Leão, o Qorpo-Santo, dramaturgo gaúcho que viveu no
século XIX, mas cuja obra foi reconhecida apenas a partir da segunda metade do
século XX.
Nossa época, ao contrário,
permite o reconhecimento instantâneo, o contato imediato e frequente entre o
artista e seu público. As novas livrarias encontram-se todas na tela; as
exposições também; o músico não precisa mais de uma gravadora e um cd inteiro
para se lançar, com uma música isso já é possível e imediato; toda peça teatral
é agora um pouco de cinema, quando publicada na internet. Vivemos uma nova
realidade em que cada um e todos reconstroem o sentido artístico, o ser e o
estar no mundo. Digitalismo é o nome dessa expressão.
Aquinno
dos Reis e Fernando Sales (Professor Fernando Letras)
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terça-feira, 26 de maio de 2015
"Deve haver uma evolução" - música de Paulo Afonso Tchê
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segunda-feira, 11 de maio de 2015
Livro de Gustavo Machado - 1. Artigo Indefinido
Para aqueles que quiserem ler diretamente no Slide Share, e também em tela cheia, segue o link:
http://pt.slideshare.net/fernandoalvessales9/artigo-indefinido-gustavo-machado
sábado, 9 de maio de 2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Poema de Yurih Caproni Guerra
Sou eu as drogas dela
As que viciam, as que machucam que matam de dentro pra fora por segundos
Mas que relaxam que igualam que aliviam e fazem querer mais
Pra ela sou a maconha
Quando lhe dou amor e lhe tranquilizo
Pra ela sou cocaína
Como lhe faço ficar agitada e ansiosa pra me ver
Pra ela sou álcool
Como embriago-a de paixão e lhe faço que se abra
Pra ela sou amor
A pior droga do mundo.
Km, m, segundo
Cada milha que nos separa...
Asfalto quente, chuva gélida
Todas incertezas de um coração apaixonado
Todos receios de um amor recíproco
Sol, lua, calor, chuva
O quão longe meu amor pode alcançar?
Se por milhas, grandes distâncias é tão difícil prosperar
Você está tão perto e ao mesmo tempo tão longe
Tudo a minha volta está tão perto e ao mesmo tempo tão longe
Só você domina minha mente, corrói minha razão e obstrui meus dogmas
Só por ti, amei, chorei, vivi
Mesmo que distante, mesmo que improvável, te amei, mas nunca te vi
As que viciam, as que machucam que matam de dentro pra fora por segundos
Mas que relaxam que igualam que aliviam e fazem querer mais
Pra ela sou a maconha
Quando lhe dou amor e lhe tranquilizo
Pra ela sou cocaína
Como lhe faço ficar agitada e ansiosa pra me ver
Pra ela sou álcool
Como embriago-a de paixão e lhe faço que se abra
Pra ela sou amor
A pior droga do mundo.
Km, m, segundo
Cada milha que nos separa...
Asfalto quente, chuva gélida
Todas incertezas de um coração apaixonado
Todos receios de um amor recíproco
Sol, lua, calor, chuva
O quão longe meu amor pode alcançar?
Se por milhas, grandes distâncias é tão difícil prosperar
Você está tão perto e ao mesmo tempo tão longe
Tudo a minha volta está tão perto e ao mesmo tempo tão longe
Só você domina minha mente, corrói minha razão e obstrui meus dogmas
Só por ti, amei, chorei, vivi
Mesmo que distante, mesmo que improvável, te amei, mas nunca te vi
domingo, 3 de maio de 2015
sexta-feira, 1 de maio de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Homem de bem - Alice Gouveia
Chamava-se Bernardo. Era homem de bem.
Bernardo tinha vários amigos; não eram maus, mas não eram de bem como Bernardo.
Seus amigos não cometiam crimes, mas tinham seus "esquemas", como eles mesmos diziam. Por exemplo, na segunda, se alguém faltava a faculdade - por motivos de "ressaca", eles assinavam a lista de presença pela pessoa. Eles passavam cola. Eles matavam aula.
Bernardo não! Bernardo nunca faltava aula, mas se fosse necessário, ele apresentava atestado depois. Bernardo não pedia, e nem passava cola, achava que temos que valorizar o esforço de cada um.
Entre outras ações, Bernardo não furava fila, devolvia o troco que lhe deram errado, tinha todos os documentos autênticos, não comprava produtos falsificados.
Os amigos de Bernardo o chamavam de "careta", "sem graça", e outros adjetivos. Mas Bernardo não se importava, pois era um homem de bem. Minha amiga, sabe aqueles caras que sua mãe fica pedindo a Deus que apareça na sua vida? "Ache um homem de bem pra casar" - essa frase que as mães sempre dizem? Então, Bernardo era um desses homens.
Nunca fez nada errado.
Mas Bernardo morreu jovem.
Bernardo era um dos poucos homens que era realmente bons. Porém, morava em uma cidade grande, e foi atingido em um tiroteio. Horrível cena. Todos ficaram abalados.
Bernardo morreu virgem de corrupções.
domingo, 26 de abril de 2015
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